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Veja como será o julgamento do STF que pode deixar Bolsonaro inelegível por oito anos

A análise da ação que poderá impedir Bolsonaro de participar das eleições por oito anos terá início no dia 22 e deve se estender durante as sessões de 27 e 29 de junho.


Foto: Reuters

Na próxima quinta-feira (22/6), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dará início ao julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode resultar na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu vice nas eleições de 2022, Walter Braga Netto, por um período de oito anos. Essa ação foi instaurada após apurações, coleta de provas, oitivas com testemunhas e manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

O ex-presidente é investigado devido aos ataques que proferiu contra o sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, havia previsto três dias de discussões quando marcou o julgamento. A análise da ação que poderá impedir Bolsonaro de participar das eleições por oito anos terá início no dia 22 e deve se estender durante as sessões de 27 e 29 de junho.

Para o julgamento, o plenário do TSE contará com a presença completa de seus membros, após as nomeações de Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. No primeiro dia, ocorre a leitura do parecer do corregedor-geral Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, que é o relator do caso. Esse relatório foi disponibilizado para consulta pública em 1º de junho e possui 43 páginas.

O parecer é considerado um "resumo" do caso, detalhando o processo da ação no TSE, as diligências realizadas, os depoimentos colhidos, bem como as perícias e as providências requeridas pelo relator.

Logo após a leitura do parecer, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, deve conceder a palavra aos advogados da acusação e da defesa. Cada parte terá 15 minutos para apresentar suas sustentações orais. Em seguida, o representante do MPE se manifesta durante a sessão. Em maio deste ano, o Ministério Público Eleitoral já havia se posicionado a favor de impedir que o ex-presidente concorra às eleições de 2024, 2026, 2028 e 2030, alegando abuso de poder político.

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