Em depoimento prestado à Polícia Federal nesta quarta-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que compartilhou "sem querer" um vídeo que questionava as eleições de 2022 e que, segundo informações do Estadão, e estava sob efeito de medicamentos quando fez postagem, durante um tratamento com morfina.
"Este vídeo foi postado na página do presidente no Facebook, quando ele tentava transmiti-lo pro seu arquivo de WhatsApp para assistir posteriormente. Por acaso, justamente neste período, o ex-presidente estava internado num hospital em Orlando. Foi submetido a tratamento com morfina. Esta postagem foi feita de forma equivocada, tanto que, pouco tempo depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou essa postagem", diz o advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno.
Em janeiro, quando pediu a inclusão do ex-presidente no inquérito, a PGR afirmou que a conduta de Bolsonaro pode ser enquadrada no delito de incitação ao crime, previsto no artigo 286 do Código Penal e cometido por quem estimula a prática de infrações.
Bolsonaro é suspeito de ter incentivado os atos golpistas de 8 de janeiro.