A investigação sobre as tentativas de lucro com presentes recebidos por autoridades estrangeiras envolvendo o entorno de Jair Bolsonaro revelou que o pai do tenente-coronel Mauro Cid, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, atuou na negociação desses itens nos Estados Unidos, onde residia. O general, que tinha sido nomeado por Bolsonaro como chefe do escritório de negócios da Apex em Miami, recebia um salário considerável.
Durante a apuração, constatou-se que o pai de Mauro Cid, que é próximo a Jair Bolsonaro desde o período de formação militar, buscava compradores para as joias que a equipe presidencial tentava vender. Além disso, a operação da Polícia Federal, comandada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, também focou em Frederick Wassef. Este último foi incumbido de readquirir um Rolex no valor de R$ 300 mil que já havia sido vendido, para que pudesse ser devolvido ao Tribunal de Contas da União, que havia ordenado sua restituição.
A força-tarefa foi necessária para garantir o cumprimento da decisão do tribunal, uma vez que o relógio já havia trocado de mãos. A investigação continua expondo detalhes sobre as tentativas de ganhos financeiros a partir dos presentes recebidos por autoridades estrangeiras, lançando luz sobre o funcionamento interno dessas transações.