Fonte: Quantum Finance e CVM
Os ETFs que estão no forno têm estratégias distintas entre si. O WESG11 (Wise S&P DJ US ESG REIT ETF), da gestora Wise Capital, por exemplo, replicará o índice Dow Jones US Select ESG REIT, investindo apenas em REITs (Real Estate Investment Trust, equivalentes aos fundos imobiliários globais) qualificados pelos pilares ESG (ambiental, social e de governança).
De acordo com a metodologia do índice, são excluídos da seleção os REITs relacionados a segmentos como armas, tabaco, geração de energia com carvão, extração de petróleo no mar, petróleo e gás, cassinos, entretenimento adulto e bebidas alcoólicas. A taxa de administração do ETF também será de 0,65% ao ano.
O peso dos 100 REITs na composição do índice é definido não apenas pelo seu valor de mercado, mas também pelo score ESG concedido a cada um pela S&P em parceria com a GRESB (Global ESG Benchmark for Real Assets). Os que tiverem melhor desempenho no pilares ESG – numa avaliação que considera itens como uso de água e energia, emissões de carbono, área locável dos imóveis, certificação Green Building para prédios sustentáveis, além de práticas de governança e sociais – têm maior participação na cesta.
Os 100 REITs são dos Estados Unidos. O WESG11 não paga dividendos e tem como estratégia o reinvestimento destes no ETF.
A mesma gestora também trabalha no lançamento do WISE11 (Wise S&P Global REIT Fundo de Índice), que promete ser o primeiro fundo de índice a distribuir dividendos no País, conforme o InfoMoney noticiou em março.
O ETF vai replicar a composição do índice S&P Global REIT, que inclui cerca de 400 REITs (Real Estate Investment Trust, equivalentes aos fundos imobiliários globais) de 26 países e oito segmentos imobiliários diferentes.
Atualmente, a cesta de ativos do índice conta com 417 REITs geradores de renda, de oito setores: varejo, especializados, logística, residencial, escritórios, diversificados, health care e hotéis e resorts.
Treinamento GratuitoManual dos DividendosDescubra o passo a passo para viver de dividendos e ter uma renda mensal previsível, começando já nas próximas semanas.O ETF deve remunerar os cotistas trimestralmente – no décimo dia útil dos meses de abril, julho, outubro e janeiro – e terá como política distribuir no mínimo 95% do lucro em dividendos.
Os dividendos serão tributados com alíquota de 15% do Imposto de Renda. A taxa de administração será de 0,65% ao ano.
O InfoMoney apurou que a oferta das cotas de ambos ETFs poderá ocorrer em maio. Procurada, a Wise Capital não comentou sobre o assunto.
Criptomoedas
Outro segmento em que novos ETFs parecem apostar é o de criptomoedas. Já há 13 deles listados na B3, e mais dois estão em fase pré-operacional, conforme o levantamento da Quantum.
Um deles é o ETHI11 (It Now Bloomberg Galaxy Ethereum), da Itaú Asset, que deverá replicar o índice Bloomberg Galaxy Ethereum.
De acordo com a metodologia do índice, o objetivo é medir o desempenho do Ethereum negociado em dólares. O indicador é administrado pela Bloomberg Index Services, em parceria com a Galaxy Digital Capital Management, gestora nativa em criptomoedas no exterior.
A gestora do Itaú entrou no segmento de ETFs de criptomoedas em novembro do ano passado, com o lançamento do BITI11, focado em Bitcoin, por meio de parceria com a Galaxy. Para replicar o desempenho da moeda, o BITI11 compra cotas de outro ETF internacional exposto ao ativo.
Procurada pelo InfoMoney, a Itaú Asset falou que não comentaria sobre o ETHI11. Em conversa no início da semana, no entanto, Renato Eid, superintendente de estratégia beta e integração ESG da Itaú Asset, disse que a gestora está aberta ao desenvolvimento de novos ETFs de criptomoedas neste ano.
“Estamos superatentos a esses desenvolvimentos e demandas que a gente observa dos investidores. O mercado brasileiro é um dos grandes mercados de ativos digitais globais, acho que isso é algo que chama muito atenção”, afirmou Eid na ocasião, destacando que a preferência da gestora é por ETFs de criptoativos já “estruturados e consolidados no mercado”.
Ainda no segmento de criptomoedas, também está em fase pré-operacional o FOMO11 (Hashdex Crypto Momentum), da gestora Hashdex. Segundo os dados da Quantum, o benchmark do ETF será o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
O InfoMoney procurou a gestora para entender mais sobre o produto e se de fato seria lançado ou se a Hashdex desistiu da estreia. A gestora se manifestou por nota alegando que “Por estratégia de negócio, a Hashdex não vai comentar sobre esse produto no momento”.