Jhonathan Maicon Antônio da Silva, de 31 anos, estava passando de moto pela rua em que Gustavo Vinicius Ferreira, de 34 anos, agredia a namorada e foi confundido com outra pessoa que tinha tentado intervir na briga momentos antes. O g1 aguarda retorno da defesa do denunciado. Jhonathan morreu na noite de sábado (22), em Maringá.
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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou por homicídio triplamente qualificado e lesão corporal Gustavo Vinicius Ferreira, de 34 anos. Ele é suspeito de matar a pedradas Jhonathan Maicon Antônio da Silva, de 31 anos, que passava de moto por uma rua onde Gustavo estava agredindo a companheira, em Maringá, no norte do Paraná.
Segundo a Polícia Civil, Jhonathan foi confundido com outra pessoa que tinha tentado intervir na briga momentos antes. O caso aconteceu na noite de sábado (22) e Gustavo foi preso em flagrante.
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A denúncia foi oferecida nesta sexta-feira (28) pelo promotor Júlio César da Silva. Ela aponta os crimes de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime de lesão corporal no contexto de violência doméstica e familiar, pela agressão à companheira, também foi considerado.
Na denúncia, a prisão preventiva de Gustavo foi mantida e ele segue preso na cadeia pública de Maringá.
De acordo com o MP-PR, a denúncia já foi recebida pela Justiça e a ação penal tramita na 1ª Vara Criminal de Maringá.
O g1 entrou em contato com a defesa de Gustavo e aguarda resposta.
Retificação da certidão de óbito da vítima
No documento, o promotor também solicitou a retificação da certidão de óbito de Jhonathan, alterando a causa da morte de "traumatismo craniofacial; politrauma; acidente de trânsito", para "traumatismo cranioencefálico por ferimentos corto-contusos, sendo produzidos por ação contundente e lesão cortocontusa".
O promotor considerou o laudo exame de necropsia para solicitar a mudança. O exame concluiu que as lesões no tórax e no abdômen de Jhonathan podem ter sido causadas por contusões de qualquer natureza, como os chutes desferidos por Gustavo, ou então, pela queda da motocicleta.
As lesões em face e na região do crânio foram caracterizados como corto-contusas, sendo produzidas por instrumento com extremidade arredondada ou mais pontiaguda, visualizadas em pontos separados, demonstrando força acentuada em pontos concentrados no osso.
Por isso, o promotor considerou que o acidente de trânsito não é a causa direta da morte de Jhonathan. Além disso, o promotor fez outras solicitações:
O encaminhamento de Laudo de Exame de Local de Morte junto ao Instituto de Criminalística;
Localizar novas testemunhas do ocorrido, como frentistas de um posto de combustível e seguranças privados de um buffet, e identificar a pessoa que chamou a polícia no dia do crime;
Obter imagens das câmeras de segurança da imediação do local do crime;
Saber se houve a apreensão da pedra utilizada no crime e, caso não tenha sido feito, saber se houve a realização de diligências para localizá-la;
Ouvir a mãe de Jhonathan;
Saber se houve a elaboração de Termo de Constatação de Sinais de Alteração de Capacidade Psicomotora de Gustavo , e ainda, se houve a remoção da caminhonete dele ao pátio do Detran-PR;
Saber se houve infrações de trânsito praticadas por Gustavo em momentos que antecederam o crime, pois testemunhas disseram que ele estava em alta velocidade.
Mais sobre o caso: 'Ele morreu sem saber porquê', diz irmã de homem apedrejado ao passar em rua onde mulher era agredida pelo companheiro no Paraná
Jhonathan estava indo para o trabalho quando foi morto
Jhonathan foi morto na noite de sábado (22). Segundo os familiares, ele era barman tinha dois filhos e era casado.
De acordo com a polícia, ele levou pedradas ao passar de moto por uma rua onde Gustavo estava agredindo a companheira, em Maringá, no norte do Paraná. Segundo a Polícia Civil, ele foi confundido com outra pessoa que tinha tentado intervir na briga momentos antes
A polícia disse que a mulher que foi vítima das agressões informou em depoimento que ela e Gustavo pararam a caminhonete após um dos pneus furarem. Em seguida, ele passou a agredi-la com socos, alegando que estava sendo traído.
Durante a discussão, um homem que passava a pé pela rua perguntou se ela precisava de ajuda, mas foi agredido a pedradas por Gustavo e fugiu.
De acordo com o delegado Diego Almeida, logo depois, Jhonathan passou de moto pelo local e foi confundido com o outro homem. Após ser apedrejado, ele caiu da moto e continuou sendo agredido por Gustavo.
"Pelo o que a gente analisou nos depoimentos, principalmente da mulher que foi agredida por ele, ela relata que o rapaz que passou não tinha nada a ver com a história. Ao que parece ele nem chegou a intervir na situação, só que por infelicidade, esse rapaz de moto estava passando na hora quando o outro agrediu ele com a pedrada, fez com que ele caísse da moto e depois agrediu ele de forma mais violenta, o que levou ele a óbito", explicou o delegado. .
O corpo de Jhonathan foi sepultado na segunda-feira (24), no cemitério municipal de Maringá.
Homem mata motociclista a pedradas em Maringá
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