Em resposta, Fábio Camargo disse que ainda não recebeu o pedido de afastamento. PGE quer afastar Fábio Camargo de ações do Estado no TCE-PRO Procurador-Geral do Paraná, Luciano Borges dos Santos, pediu pelo afastamento do conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-PR), Fábio de Souza Camargo, do julgamento de processos contra autoridades estaduais e o Estado do Paraná. O motivo apontado no pedido, seria a "incapacidade de isenção". ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp? Siga o canal do g1 PR no TelegramA petição, protocolada no fim de janeiro, também pede pelo afastamento de Camargo das atividades de supervisão em inspetorias de fiscalização. Na denúncia, três argumentos foram destacados pelo procurador:Uso da posição institucional e das redes sociais para fomentar uma campanha pessoal contra autoridades estaduais;Incapacidade de manter a necessária isenção em relação a processos que envolvam o Estado do Paraná;Manifestações extrapolam qualquer limite do legítimo direito de expressão, culminando em um desvio de finalidade no desempenho do cargo.A representação tramita em segredo de justiça e foi encaminhada ao presidente do Tribunal de Contas do Paraná. No pedido, o procurador alega que somente com o afastamento "será possível garantir o reestabelecimento da imparcialidade". Fábio Camargo está no TCE desde 2013, quando foi nomeado pelo ex-governador Beto Richa. Ele já exerceu o cargo de corregedor, vice-presidente e de presidente do órgão.Um dos processos recentes que o conselheiro atuou, por exemplo, foi o programa Parceiro da Escola, do Governo do Estado, que terceiriza a gestão administrativa de 82 escolas públicas. Em novembro, Camargo interrompeu o andamento do processo e suspendeu contratações do projeto, atendendo um pedido da oposição. Contudo, a decisão foi derrubada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Por telefone, Camargo disse que ainda não recebeu o pedido de afastamento. "Não tenho nenhum sentimento negativo e trabalho diariamente em favor do Estado e aguardo com serenidade o julgamento do Supremo Tribunal Federal no próximo dia sete de fevereiro", afirmou Camargo. Fábio Camargo, conselheiro do TCE-PRTCE-PRProcurador citou episódios que motivaram pedidoNo pedido, o procurador afirma que o conselheiro "contraria o padrão ético que se espera" e tem adotado "posturas e manifestações hostis e rancorosas contra autoridades e colegas do plenário". O procurador destaca que no dia 29 de novembro de 2024, Camargo usou uma conta pessoal nas redes sociais para convocar servidores públicos a ingressarem em ações judiciais contra o Estado do Paraná. Camargo estaria usando as redes sociais para incentivar medidas contra o Estado, segundo a petição do procurador-geral do EstadoReproduçãoEm outro episódio, o procurador alega que foi insultado por Camargo, durante a posse da Nova Cúpula Diretiva do TCE/PR. Isso também teria acontecido com outras autoridades estaduais em redes sociais, eventos presenciais e sessões, conforme o documento.Em uma delas, Camargo disse que o governador Ratinho Junior foi "muito mal assessorado" e se referiu a Roni Miranda como "um péssimo Secretário de Educação" e "mal-educado".Segundo o documento, em uma publicação no Youtube, o conselheiro também teria destacado que a nomeação dele teria sido "em contrário ao interesse do Governador", o que, segundo o documento, "fomenta narrativas infundadas de perseguição política". Na petição, o procurador ainda afirma que o conselheiro usou de sua condição para defender interesses particulares da filha, ao questionar um possível bloqueio de bens dela. LEIA TAMBÉM:Vídeo: Mulher furtou mercado 3 vezes antes de ser flagrada com R$ 10 mil em itensBR-373: Criança de 7 anos é flagrada viajando em porta-malas de carro durante fiscalização da PRF para conferir estepe, no ParanáBatida: Motorista morre e três pessoas ficam feridas após acidente com van de dupla sertanejaVÍDEOS: Mais assistidos do g1 ParanáAVeja mais notícias em g1 Norte e Noroeste.