Há um ano, o atentado contra a democracia em 8 de janeiro deixou uma cicatriz profunda em nossa sociedade. Ao olhar para trás, é inevitável questionar a resiliência de nossas instituições democráticas e enfrentar as consequências daquele dia sombrio.
A resposta inicial, marcada pela solidariedade e determinação em preservar nossos valores democráticos, foi louvável. No entanto, ao longo do último ano, as rachaduras em nosso tecido social se tornaram mais aparentes. A polarização política persistente e a falta de consenso em torno de questões cruciais destacam a fragilidade de nossa coesão como nação.
Neste aniversário doloroso, é crucial refletir não apenas sobre o que perdemos, mas também sobre o que podemos aprender. A democracia, por natureza, requer diálogo aberto e respeito às diferentes perspectivas. No entanto, observamos uma crescente intolerância e divisão, colocando em xeque a própria essência do sistema que buscamos preservar.
Diante desses desafios, é fundamental que reafirmemos nosso compromisso com a construção de uma sociedade inclusiva e justa. Isso envolve não apenas responsabilizar os responsáveis pelo atentado, mas também examinar criticamente nossas próprias responsabilidades como cidadãos na preservação da democracia.
Que este aniversário sirva como um chamado à ação, instigando-nos a superar diferenças em prol de um futuro onde a diversidade de opiniões seja valorizada e onde a democracia seja não apenas um sistema, mas um compromisso coletivo. O desafio persiste, mas a esperança reside na nossa capacidade de aprender, crescer e fortalecer os alicerces de nossa sociedade democrática.