Dia do Educador: profissional deve estar atento às inovações do mercado, sem perder de vista o cerne do ofício de educador, destaca especialista Ser professor é enfrentar muitos desafios, em especial pela "invasão" das tecnologias no dia a dia da profissão. É também lidar com a expectativa dos estudantes – e da sociedade – de que as formações escolar e universitária se transformem sempre. Sem dúvida, isso traz aos professores muita reflexão, algo necessário a todos os profissionais da educação.
"Uma reflexão sobre esse novo papel que todos nós precisamos trabalhar é sobre uma postura que acolha as mudanças do mundo, como os professores sempre fizeram, de algum modo, e sempre precisarão fazer. Com esse acolhimento das mudanças do mundo, os mestres da educação passam a utilizar as tecnologias em benefício da aprendizagem e do desenvolvimento dos estudantes", destaca a educadora Adriana Karam, pesquisadora de inovação na educação e reitora do Centro Universitário UniOpet.
Doutora em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela UFSC, com mestrado em Educação pela DePaul University de Chicago (EUA), Adriana Karam é especialista em Comportamento Organizacional, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
Segundo a professora, é necessária uma nova atitude e a constante busca pelo conhecimento pelos educadores. "Há sempre novos ciclos de aprendizagem também para professores. Além de profissionais do ensino, somos profissionais da aprendizagem, já que precisamos orientar os alunos no decorrer desse processo".
Além disso, os gestores de educação precisam orientar os professores a serem profissionais da aprendizagem, que elaboram e trazem todos os recursos possíveis e disponíveis ao seu alcance, "tanto tecnológicos quanto de conhecimento, relacionamento e experiência de vida para fazer com que os estudantes também se desenvolvam, construindo seus caminhos e suas carreiras, para que possam exercer protagonismo", pontua.
Educar, formar e profissionalizar também é despertar o olhar para temas relacionados a questões sociais e ao bem-estar individual e coletivo. "Todo o processo deve privilegiar o entendimento do papel do cidadão, de como se articula o conhecimento de forma ética em benefício da sociedade, em uma formação mais ampla", reforça Adriana.
Em 50 anos, o Grupo Opet já formou mais de 240 mil alunos desde a educação básica até a pós-graduação. Está presente em 11 estados, em 99 redes municipais e em dezenas de escolas privadas. A editora, em 2023, atendeu 467 mil alunos e o UniOpet oferece mais de 40 cursos na graduação, pós-graduação nas modalidades presencial, EAD e híbrido.
Sabemos hoje que a aprendizagem ligada à prática profissional é mais significativa, que o mundo do trabalho é multidisciplinar, que mais valem as competências construídas do que as notas obtidas e que as instituições precisam oferecer programas educacionais mais flexíveis.
"É dessa forma que a Educação transforma realidades, desenvolvendo pessoas e mercados. É o propósito que buscamos há 50 anos dentro do Grupo Educacional Opet: formar pessoas que sejam capazes de gerar riquezas e prosperidade, com suas atuações na sociedade e no mercado de trabalho. Vivemos um momento desafiador para a sociedade e para os professores, em especial. Mas que precisa ser acompanhado por um movimento de busca por novos conhecimentos e valorização daquilo que o professor tem mais importante: sua experiência e capacidade de orientar o processo de aprendizagem do educando".
De acordo com a educadora, é isso que motiva diariamente os profissionais da educação a poder orientar, acompanhar e potencializar os processos de desenvolvimento dos cidadãos e profissionais do amanhã.