Linhas de instabilidade provocaram rajadas de vento, causando uma chuva expressiva e com muitas descargas elétricas. Cidade registrou vários estragos. Microexplosão atingindo Maringá no sábado (7)
Acácio Cordioli/Stormaringa
O fenômeno que atingiu Maringá, no norte do Paraná, e cidades da região no sábado (7) foi classificado como uma "microexplosão", segundo o técnico em meteorologia Acácio Cordioli.
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Conforme o especialista, o fenômeno ocorre quando uma nuvem de tempestade não consegue suportar o volume de água no interior e cai de uma vez.
"Acontece quando a atmosfera está quente e seca junto com a chegada de áreas de instabilidade e a chance de acontecer a microexplosão é maior", explicou.
A análise do especialista foi feita a partir de dados de sistema de meteorologia e estudo a campo.
O fenômeno é parecido com um tornado, que é uma forte corrente de ar que desce das nuvens em espiral.
Na microexplosão, a corrente de ar despenca em linha reta, como um "corredor de vento", sem apresentar espiralidade, sobre uma determinada área.
Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), os ventos chegaram a mais de 60km/h e a precipitação ficou em torno de 30 milímetros.
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Reprodução
Dias quentes e tempo seco
De acordo com o especialista, o fenômeno é comum, principalmente na primavera e no verão, devido ao ar seco e às altas temperaturas.
"Um dia antes é possível identificar se vai ocorrer ao observar a atmosfera com indícios de que pode ter a formação de microexplosões, mas geralmente quando a atmosfera está bem seca e bem quente e a chegada de áreas de instabilidades", disse.
Ainda segundo ele, os ventos podem passar dos 270 Km/h.
"Geralmente são muito confundidas com tornados por conta da força dos ventos", explica.
Microexplosão em Maringá
Acácio Cordioli/Stormaringa
Orientações da Defesa Civil
Confira abaixo as orientações da Defesa Civil para situações de mau tempo:
Tempestades com ventos fortes e raios
busque um local abrigado, longe de árvores, placas, postes e outros objetos que possam ser arremessados;
no local abrigado, fique longe de janelas;
se estiver na praia, jamais fique na água.
Alagamentos
evite contato com as águas;
não dirija em áreas alagadas;
evite pontilhões e pontes submersas;
redobre a atenção com as crianças.
Deslizamentos
fique atento a inclinação de postes e árvores;
qualquer movimento de terra ou encostas próximo à sua residência;
aparecimento de rachaduras em muros ou paredes.
Estragos
Uma forte chuva deixou estragos na tarde deste sábado em Maringá. Segundo a Defesa Civil, diversas casas ficaram destelhadas durante a tempestade.
Os ventos passaram dos 60km/h e a chuva volumosa durou menos de 15 minutos. Uma tenda de uma feira de artesanatos foi arrancada e desabou em cima de um grupo de oito pessoas.
A rajada também destruiu a cobertura de um posto de combustíveis na Zona Norte da cidade. Ninguém ficou ferido.Veja o vídeo abaixo.
Cobertura de posto é arrancada com força do vento em Maringá
A tempestade rápida deixou mais de 60 mil unidades consumidoras sem energia. Em Mandaguaçu, com 14 mil, e Sarandi, com 10,5 mil desligados.
Uma forte chuva deixou estragos na tarde deste sábado em Maringá, no norte do Paraná. Segundo a Defesa Civil, diversas casas ficaram destelhadas durante a tempestade.
As rajadas de ventos passaram de 60Km/h, segundo o Simepar. Entre sábado e início de domingo (8), choveu 30 milímetros.
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Reprodução
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a região mais afetada foi Jardim Alvorada e Parque Residencial Quebec. Os estragos estão sendo contabilizados.
Segundo a Tenente Hannah Yuri Andrade Karigyo do Corpo de Bombeiros, as lonas estão sendo distribuídas no 5º Grupamento de Bombeiros e na sede da Defesa Civil, em Maringá.
"A nossa central está com bastante volume de chamadas. A maioria por queda de árvore e destelhamento", disse.
Defesa Civil e Corpo de Bombeiros fazem entrega de lonas
Vinicius Matos/RPC
O temporal estava previsto pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que emitiu alerta de tempestade para o Paraná, válido desta sexta-feira (6) até domingo.
Como pedir ajuda
Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 193. Para retirar árvores ou galhos, é preciso acionar o 156 ou pelo site da prefeitura clicando aqui.
Pessoas que tiveram as casas destelhadas podem retirar lonas na sede do Corpo de Bombeiros, na esquina da Avenida Guaíra com a Avenida Paraná, Zona 7.
Ao encontrar pessoas em situação de rua, a população pode acionar o serviço de abordagem social do município, que funciona 24h. O telefone é: (44) 99103-5661.
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Serviço de saúde suspenso
O atendimento no Pronto Atendimento à Criança (PAC), no Jardim Alvorada, está temporariamente suspenso devido à falta de energia elétrica provocada pelo temporal.
Os pacientes que estavam internados foram transferidos para outras unidades. Os atendimentos de pediatria ocorrem na UPA Zona Sul. A Copel foi acionada para realizar a manutenção na rede elétrica para retomada dos atendimentos no PAC.
A UPA Zona Norte opera com geradores e segue com atendimento, mas não pode realizar exames de raio-x. Os exames estão sendo feitos na UPA Zona Sul.
Além disso, cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão sem energia elétrica, com vacinas já transferidas para a sede da Secretaria de Saúde para evitar perdas.
Veja fotos dos estragos
Árvores caem após temporal em Maringá
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Árvores caem após temporal em Maringá
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Árvores caem após temporal em Maringá
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Tenta é arrancada pelo vento e desaba em cima grupo de pessoas, em Maringá
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Casas são destelhadas após temporal
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Queda de árvores bloqueiam ruas de Maringá
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